De acordo com o Corpo de Bombeiros, doze pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas
iG Rio de Janeiro | 07/04/2011 09:09 - Atualizada às 12:58
Doze pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas na manhã desta quinta-feira (7) na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo relações-públicas do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Evandro Bezerra. De acordo com a Polícia Militar, um homem, identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a instituição de ensino por volta das 8h e disparou contra alunos e funcionários.
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Segundo o Corpo de Bombeiros, entre os mortos estão dez meninas, um menino e o autor dos disparos. Os feridos - 12 meninos e 5 meninas - foram encaminhadas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Hospital Universitário Pedro Ernesto, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e Hospital Central da Polícia Militar.
A direção da escola informou que o homem - que era um ex-aluno - se passou por um palestrante para entrar na instituição de ensino. Com o barulho dos tiros, houve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos. Ao tentar fugir, o atirador teria se deparado ainda dentro da escola com policiais militares que participavam de uma blitz na região com o apoio do Detro para apreender vans piratas, dando início a uma troca de tiros. "Ao ouvir disparos, a PM se dirigiu ao local. A tragédia poderia ter sido pior", avaliou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 400 alunos do Ensino Fundamental com idades entre 9 e 14 anos estudam na escola municipal no turno da manhã. Por conta do ocorrido, a movimentação é intensa em frente à instituição de ensino, onde há uma grande concentração de pais de alunos. A rua onde fica localizada a escola está interditada e policiais militares do 14º BPM (Bangu) tentam controlar a situação no local. Ainda não há informações sobre o que teria motivado o crime.
O subprefeito da zona oeste, Edmar Teixeira, informou que Wellington deixou uma carta antes de praticar o crime. No documento, que foi entregue à Divisão de Homicídios da Polícia Civil, o homem relatou que era portador do vírus HIV. "Na carta, ele dava indícios de que era uma pessoa desequilibrada. Em alguns trechos, escreveu que não tinha mais vontade de viver e citou os nomes de alguns professores e alunos", contou o subprefeito.
O carteiro Ercílio Antunes, de 44 anos, mora em frente à escola e estava indo para o trabalho quando o tiroteio teve início. "Ouvi muitos gritos e disparos. Logo depois, surgiram crianças correndo e entraram na minha casa, que estava com a porta aberta. Elas estavam chorando, amedrontadas e sujas de sangue. Pensei em ir ao colégio, mas ao ouvir mais disparos, eu voltei. Poderia ter sido outra vítima", relatou.
*com reportagem de Anderson Ramos e informações da Agência Brasil
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