quarta-feira, 24 de março de 2010

Confinada, mãe de Isabella está à beira de uma crise de depressão

Confinada há dois dias em um quarto, no 2º andar do Fórum de Santana, Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella, tem apresentado sintomas de estresse pós-traumático.

 


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Ana Carolina, por pedido de Roberto Podval, advogado de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, está à disposição da Justiça e, portanto, incomunicável, desde segunda-feira após ter prestado depoimento como testemunha de acusação.












AE
Mãe de Isabella ao chegar ao fórum
Ana Carolina, na 2ª, no fórum

Segundo apurou a reportagem do iG, Ana Carolina está em um quarto, que parece uma cela. Não tem acesso à televisão, ou qualquer outro meio de comunicação, e não pode sair para andar pelo corredor do fórum. Fica o tempo todo no quarto e tem reclamado que se sente presa.

Ainda de acordo com apuração do iG, Ana Carolina foi diagnosticada com estresse pós-traumático há dois anos, logo depois da morte da filha Isabella Nardoni. Porém, ela não apresentava mais os sintomas da doença e o confinamento, dizem pessoas próximas a Ana Carolina, tem provocado uma recaída.

Ela está roendo a unha compulsivamente até sangrar os dedos da mão; tem arrancado a pele do canto da boca até ficar em carne viva; e tido a sensação de um ataque cardíaco.

Segundo pessoas próximas a Ana Carolina, ela está à beira de uma crise de depressão e o medo é que ela volte a ter síndrome do pânico - como foi diagnosticada quando a filha morreu em 2008. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de IsabellA Nardoni, são acusados de ter matado a menina.

Tratamento

Três dias depois da morte de Isabella, Ana Carolina começou a fazer tratamento com o psicólogo José Milton Rosa. Ele é a única pessoa que tem tido acesso a Ana Carolina - um precedente que o juiz autorizou, desde que ele mantenha o compromisso de não violar a incomunicabilidade dela.

Após avaliar Ana Carolina, o médico passa as informações sobre o estado clínico dela para a família, para a acusação e para o juiz Mauricio Fossen, que preside o júri. Por causa do diagnóstico dado por Rosa, o juiz voltou a pedir na terça-feira para que Podval libere Ana Carolina. O advogado afirmou nesta quarta-feira que ainda estuda esta possibilidade.

Preparação especial

Quando Isabella morreu, Ana Carolina teve síndrome do pânico, depressão profunda, mas quatro meses depois, ela não apresentava mais sintomas. O que, segundo médicos ouvidos pela reportagem do iG, é normal. De acordo com pessoas próximas a Ana Carolina, ela não tomou nenhum comprimido no tratamento.

Há um ano, ela recebe uma preparação especial para o julgamento dos Nardoni. Ana Carolina foi submetida a uma técnica de terapia chamada de sucessivas aproximações. Por esse método, primeiro a pessoa imagina a situação, para depois vivenciá-la.

Essa preparação foi feita para que Ana Carolina pudesse ver durante o julgamento as imagens, por exemplo, do corpo da filha, ouvir as alegações da defesa e até ataques a vida pessoal dela.

A reportagem do iG apurou que a situação é considerada de emergência e está descartado que esse quadro seja por causa do depoimento que ela prestou como testemunha de acusação. Segundo informado ao iG, esse tipo de depoimento (falar, chorar) ajuda a aliviar.

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FONTE: IG

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