segunda-feira, 22 de março de 2010

Júri do caso Isabella Nardoni tem quatro mulheres e três homens

 Quatro mulheres e três homens integram o júri do caso Isabella Nardoni. O julgamento começou com atraso de mais de uma hora, às 14h17, no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. Segundo informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, defesa e acusação recusaram, cada uma, uma mulher para o jurado.



 

 


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Foram convocadas 40 pessoas, mas apenas 28 delas compareceram hoje ao fórum. Até o final do julgamento, os escolhidos não poderão ter contato com ninguém e nem falar entre eles. Eles dormirão nos quartos do fórum sem acesso à TV, internet ou celular.

Pedido de adiamento

No começo do julgamento, o advogado de defesa Roberto Podval pediu que o julgamento fosse adiado, mas teve o pedido negado pelo juiz Maurício Fossen. Podval alegou que o júri deveria ser adiado, entre outros motivos, para que ele pudesse ser televisionado e para que os jurados fossem ao apartamento no edifício London, onde a menina Isabella Nardoni foi jogada do 6º andar em 29 de março de 2008.

Agora, serão ouvidas as testemunhas. Primeiro as de acusação e depois as da defesa - três delas coincidem com as de acusação. A maioria das testemunhas é formada por policiais, peritos e médicos-legislas que aturam no caso. Por fim, os réus serão interrogados.

Antes que o julgamento tivesse início, a defesa do casal Nardoni afirmou que não precisará ouvir seis testemunhas; e a promotoria desistiu de ouvir a avó materna.

Concluída a fase dos depoimentos, será a vez dos debates entre a acusação e a defesa. Cada um terá o direito de falar por duas horas e meia. Se a promotoria quiser, poderá usar mais duas horas para réplica, o que automaticamente dará direito à defesa de usar o mesmo tempo para tréplica.

Terminado o debate, os jurados serão questionados pelo juiz se têm condição de julgar o caso e se querem alguma explicação. Se o júri responder que sim, todos passarão à sala secreta e decidirão o destino do casal. A expectativa é que o julgamento dure cinco dias.

O casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá é acusado de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

Casal Nardoni

Segundo informações apuradas pela reportagem do iG, o casal chegou ao fórum, por volta das 8h20, vestindo os uniformes da penitenciária de Tremembé, onde estão detidos, no interior de São Paulo. Assim que chegaram, eles foram algemados e colocados em salas separadas. Os dois trocaram de roupa no fórum. Anna Carolina está, agora, de calça jeans, sapatilha e uma blusa salmão. Alexandre veste calça jeans, tênis preto e uma camiseta branca com um faixa azul.

Ainda de acordo com apuração do iG, Anna Carolina Jatobá chorou muito desde que chegou ao fórum. Alexandre se mostrava tranquilo.

Pedreiro presente












AE
Mãe de Isabella ao chegar ao fórum
Mãe de Isabella chega ao fórum

Até agora pela manhã, a presença do pedreiro Gabriel dos Santos Neto, uma das testemunhas arroladas pela defesa do casal, que não havia sido localizado para receber a intimação, era dúvida. Mas ele foi a primeira testemunha a chegar ao fórum. Existia a possibilidade de o julgamento ser adiado sem a presença do pedreiro, que foi intimado por ter dado uma entrevista em que afirmava que a obra nos fundos do edifício London havia sido arrombada. Depois, em depoimento à polícia, o pedreiro negou a informação.

A movimentação em frente ao Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, é grande desde o começo da manhã. Lá está sendo realizado o julgamento que tem previsão para durar até cinco dias. 

Estratégias

Este será um dos maiores julgamentos já realizados no País. A morte de Isabella comoveu o País ao colocar como os acusados de um crime bárbaro o pai e a madrasta da menina. Segundo a acusação, Isabella teria sido jogada por Alexandre da janela do apartamento em que morava.

Sem réu confesso do crime, acusação e defesa se debruçaram nos últimos meses para preparar os argumentos que irão levar os sete jurados a inocentar ou culpar o casal. A defesa não descarta ressaltar a presença de uma terceira pessoa na cena do crime, e já decidiu que reforçará a falta de provas do crime. Para a acusação, as provas técnicas são claras. Em entrevista ao iG, o promotor Francisco Cembranelli afirmou ainda que vai explorar o "histórico de vida" dos Nardoni.

A mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, é considerada testemunha-chave. Ela é uma das 24 testemunhas arroladas. Ana Carolina não tem dúvidas da culpa do casal e, em entrevista ao iG, disse que sua participação no julgamento é importante por ela conhecer "bem" os Nardoni.

Se o júri considerar o casal culpado, eles poderão ser condenados a uma pena de 12 a 30 anos de reclusão. Alexandre terá uma pena superior a de Anna Carolina por ter cometido crime contra descendente.

Em caso de condenação, dificilmente os réus terão o direito de recorrer em liberdade. Se forem absolvidos, o juiz Maurício Fossen terá de emitir um alvará de soltura ao término da sessão.









Empresário mineiro protesta desde domingo na porta do Fórum de Santana

 

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FONTE> IG

Que seja feita a justiça!

bjs

Blue Fairy

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